quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

REDUÇÃO ALIMENTAR

Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso. Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Como se trata?

O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OBESIDADE: O que se sente?

O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE

Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.
A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais

sábado, 29 de janeiro de 2011

OBESIDADE E EMAGRECIMENTO COM SAÚDE

Existem fatores, que faze a pessoa engordar ao longo do tempo, sem perceber, por exemplo às mulheres, na adolescência não engordam, mas daí quando chegam nos seus 25, 27 anos começam a engordar. ‘ah  mas eu sempre comi desse jeito, porque to engordando logo agora?’

Isso é muito comum, as pessoas acham que a má alimentação ela não influencia dum dia pro outro, é ao longo dos anos. Então durante a faze de criança, adolescência, você tem um alto gasto calórico até pelo desenvolvimento, mas ai chega aos 20,alguns antes, outros depois começam a desencadear um aumento de peso, que é grande. As vezes aparecem pacientes no meu consultório que reclamam,’ah em três meses aumentei dez quilos’ então é muito comum, ‘ah mas eu sempre me alimentei dessa maneira’, mas vai ver ele deixou de fazer uma atividade física , consome muitas calorias.

É possível perder peso com qualidade?

Sim. Existem três maneiras de se perder peso, você pode perder peso em água, você pode perder peso em músculo, e pode perder peso em gordura. O ideal é que se perca peso somente em gordura, só que é muito fácil perder peso em água e músculo. Como que se perde peso em água? Ta cheio de formas milagrosas a base de diuréticos, como 66 a 70% do nosso corpo é água, é lógico que a pessoa vai reduzir volume e peso. Massa muscular, como que se perde? Quando a pessoa está desesperada querendo emagrecer , o que acontece , a pessoa vai lá e fica o dia inteiro sem comer, o corpo entende como se fosse uma agressão. Como a natureza é sabia ta faltando energia, teu corpo vai ter que fazer uma adaptação, vai ter que gastar menos energia , pra isso o teu corpo acaba abrindo mão de proteína muscular ,porque o músculo é que gasta mais energia no nosso organismo. Então o seu metabolismo passa a cair. Pra perder gordura você tem que consumir nas quantidades e proporções os grupos de alimentos.

Como que eu avalio se eu estou perdendo massa muscular ou gordura?

É importantíssimo fazer uma avaliação da composição corporal, pra saber quanto você tem de músculo, de gordura, suas medidas, pra saber realmente se você está perdendo peso em gordura e não em massa muscular.

É possível evitar a gordura localizada?

Pra evitar a gordura localizada, você tem que evitar os fatores. Quais são eles? Primeiro: ‘ah tem que fazer refeições de três em três horas’ a gente fala isso, porque é super importante, porque os horários das refeições influenciam na resposta hormonal. Se você fica mais de 3h sem se alimentar, você aumenta um hormônio chamado cortisol é um hormônio catabolico que ele degrada a massa muscular, então você vai reduzindo o metabolismo , e se você fica mais de 3h sem se alimentar, na próxima refeição quando você for comer, muito mais com fome, você vai também favorecer o acumulo de gordura. Então você acaba alterando a sua função hormonal. Então tem que fazer refeição de 3 em 3horas. Outra coisa o tipo de gordura que a gente ingere, também auxilia no acumulo , por exemplo, evitar gorduras hidrogenadas, e gorduras saturadas, que são gorduras mais rígidas a temperatura ambiente. A gente não pode cortar gordura 100% da nossa alimentação, porque a nossa pele é feita de gordura, pra produzir hormônios a gente precisa de gordura, todas as nossas células tem uma membrana de gordura, agora se você ingere uma gordura mais rígida, essa gordura começa a se incorporar na membrana da célula, e até pra queimar fica muito mais difícil. Outra coisa é evitar os doces, porque o doce ele tem os carboidratos de auto índice glicemico , quer dizer, você não precisar cortar totalmente o carboidrato da sua alimentação, até mesmo porque ele é o principal combustível do sistema nervoso e do músculo. Mas assim, os doces, eles fornecem glicose instantaneamente na corrente sangüínea, isso eleva a insulina, e inativa os responsáveis pela queima de gordura, principalmente na região abdominal.

A gordura localizada, é possível eliminar ela com rapidez, ou é preciso muito tempo pra isso?

Na dieta, a gente recomenda uma perca de dois a quatro quilos, por mês,mais que isso a pessoa corre risco de perder massa muscular. Em alguns casos, que a pessoa tem aquela gordura localizada, já tentou dieta, já tentou varias alternativas, ai é recomendável fazer uma lipo.

E as pessoas, que não conseguem ficar sem doces, que muitas vezes tem ali a sua disposição sempre um doce, o que fazer?

A necessidade às vezes de comer doce, é fisiológica, a pessoa as vezes que quer emagrecer, começa a ter um certo preconceito com carboidratos , que se deve cortar o carboidrato do pãozinho, e acaba não tomando café da manha, ela corta o arroz, come só carne e salada, e o que acontece é que o carboidrato é o principal combustível do sistema nervoso central, e dos músculos, então a pessoa acaba sentindo aquela necessidade fisiológica de doce, e acaba compensando de maneira errada. E o doce como eu falei, acaba inibindo a queima de gordura.

Algumas dicas, pra que está nos assistindo.

Na verdade a pessoa deve evitar fazer dieta por conta própria, porque as vezes ela pode estar comprometendo o próprio metabolismo, então sempre procurar um auxilio profissional. Evitar , o que a gente vê muito são pessoas, que tomam medicamento por conta própria, dietas por conta própria, e o problema dela que era uma coisa pequena começa a se tornar uma maior, ai ela procura auxilio profissional. O que acontece é que ai ela já esta com um comprometimento já grande. Mesmo tendo um problema pequeno, já procurar um auxilio profissional.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

OBESIDADE NA CHINA

Cerca de um quinto das mais de um bilhão de pessoas obesas ou com excesso de peso do mundo são chinesas. Um artigo publicado no British Medical Journal e assinado por Yanfeng Wu, da Academia Chinesa de Ciências Médicas, afirma que o país que já foi conhecido como um dos mais magros do mundo está rapidamente invertendo esta tendência graças a uma mudança na dieta e à adoção de um estilo de vida sedentário.
Dados de 2002 mostram que 14,7% dos chineses, o que representa 184 milhões de pessoas, estão acima do peso, e outros 2,6%, ou 31 milhões de pessoas, são obesos. Apesar de ainda não ter atingido o nível de outros países, como os Estados Unidos - onde mais da metade da população adulta está acima do peso ou é obesa - a mudança do padrão na China, especialmente entre as crianças, está deixando os especialistas preocupados.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

OBESIDADE MÓRBIDA

A Obesidade mórbida ocorre quando o peso de uma pessoa ultrapassa o valor 40 no índice de massa corporal - (IMC). De acordo com o "National Institutes of Health (NIH)" - Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, um aumento de 20% ou mais acima de seu peso corporal ideal significa que o excesso de peso tornou-se um risco para a saúde.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OBESIDADE NA GRAVIDEZ

A gravidez é um momento delicado e requer cuidados especiais, principalmente quando o assunto é a alimentação que, nessa fase, tem relação direta com a saúde da mãe e a do bebê, tanto na vida intra-uterina como no futuro. A obesidade na gravidez é um problema comum e perigoso. Cerca de 45% das mulheres obesas no mundo ganharam peso após a gravidez. Para a psicóloga e criadora do método de emagrecimento Forma Leve, Yara Daros, a fome não é apenas uma necessidade fisiológica e também pode estar associada a alterações psicológicas e emocionais, como períodos de ansiedade e fragilidade, que podem levar à compulsão alimentar.
Segundo o RDI (Recommended Dietary Intakes), tabela com as recomendações universais sobre alimentação, gestantes a partir do terceiro mês de gravidez devem ingerir apenas 300 calorias a mais do que o normal, totalizando 2.800 calorias por dia. Considera-se que as gestantes de baixo peso ganham em torno de 15 kg; as de peso adequado, entre 10 a 12 kg; e as com sobrepeso ou obesas, entre 6kg e 7kg.
"Ganhar peso excessivamente no período gestacional ou iniciar esse período com sobrepeso ou obesidade são fatores de risco para complicações como diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia, principalmente no final da gestação. Esses males são duas a seis vezes mais comuns em mulheres com excesso de peso" ressalta Yara.
A obesidade durante a gestação também está associada ao maior índice de mortalidade dos recém-nascidos, principalmente no período perinatal, além do nascimento de crianças com defeito no tubo neural, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula. A média de peso dos bebês também é maior que o normal, o que pode provocar riscos obstétricos durante o parto, contribuindo para a maior taxa de cesáreas.
"As mulheres que ganham muito peso durante a gravidez têm hábitos alimentares ruins e que, possivelmente, continuam depois do nascimento do bebê. Para as que iniciam a gravidez com sobrepeso ou obesidade, nenhum aumento calórico é recomendado", explica Yara. Ela complementa que, no entanto, o período de gestação não é o mais adequado para perder peso e é fundamental que a gestante com sobrepeso receba orientação alimentar adequada para não colocar a sua vida e de seu bebê em risco.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ABESO

Reunindo cerca de 500 associados espalhados por todo o país, a ABESO reúne diversas categorias profissionais envolvidas com o tratamento da obesidade, da síndrome metabólica e dos transtornos alimentares: endocrinologistas, nutricionistas, clínicos gerais, cardiologistas, psicólogos, psiquiatras, cirurgiões, pediatras, nutrólogos etc.

Sociedade multidisciplinar, sem fins lucrativos, a ABESO pretende desenvolver e disseminar o conhecimento no campo da obesidade e da síndrome metabólica e promover o contato entre as pessoas interessadas no assunto.
Para atingir estes objetivos a Associação trabalha para:
a) Promover pesquisas em obesidade.
b) Promover oportunidade de disseminar estas pesquisas e os conhecimentos delas advindas entre os interessados.
c) Disseminar em todos os meios o fato amplamente demonstrado de que a obesidade é doença, é crescente, pode matar e deve ser prevenida ou tratada com todos os meios disponíveis.
d) Lutar para que a ética prevaleça no contato entre profissionais que tratam da obesidade e da síndrome metabólica e as pessoas tratadas, assim como prevaleça também na abordagem do assunto na mídia.

Fundada em 1986, a ABESO é afiliada à Flaso (Federación Latinoamericana de Estudios sobre la Obesidad) desde 1987 e à IASO (International Association for the Study of Obesity) desde 1996.

Se você é um profissional de saúde ligado ao tratamento da obesidade e da síndrome metabólica - médico, nutricionista, psicólogo, educador físico etc - só tem a ganhar associando-se à ABESO. Descontos nos eventos da Associação; recebimento gratuito, em seu endereço, da revista bimestral da entidade; e acesso exclusivo a revistas científicas, através do site, são algumas vantagens.

ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
Novo Endereço: Rua Mato Grosso, n.º 306 - cj. 1711
Higienópolis - São Paulo - SP
CEP 01239-040
Tel.: (0xx11) 3079-2298
FAX: (0xx11) 3079-1732

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Consumo excessivo de alimentos gordurosos

Podemos citar os famosos sanduíches (hambúrguer, misto-quente, cheesburguer etc.) que as mamães adoram preparar para o lanche dos seus filhos, as batatas fritas, os bife passados na manteiga são os verdadeiros vilãs da alimentação infantil, vindo de encontro ao pessoal da equipe de saúde que condenam estes alimentos expondo os perigos da má alimentação aos pais onde alguns ainda pensam que criança saudável é criança gorda. As crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles fazem, assim sendo se os pais tem hábitos alimentares errados, acaba induzindo seus filhos a se alimentarem do mesmo jeito.

domingo, 16 de janeiro de 2011

OBESIDADE INFANTIL

Estima-se que dois terços de todos os Brasileiros estão com sobrepeso ou sofrem de obesidade. Isto significa que quando saímos à rua, cada 10 pessoas que vimos 6 sofrem de sobrepeso ou estão obesos. O mais impressionante é que este numero está aumentando e muito brevemente este numero passará de 6 em 10 para 7 em 10 pessoas sofrendo deste problema.
Actualmente na nossa sociedade é mais frequente encontrar casos de obesidade na idade adulta do que na infância. No entanto a obesidade infantil está a aumentar e a atingir níveis alarmantes, estima-se que o numero de crianças obesas no Brasil tenha aumentado 5 vezes nos últimos vinte anos, atingindo actualmente 10% das crianças no Brasil. As consequências da obesidade são uma tragédia para as crianças que enfrentam este problema.

Já sabemos que as crianças obesas é um problema sério e actual e é necessário tomar alguma acção contra o sobrepeso. As crianças com problemas de sobrepeso não são só afectadas na sua saúde física, o sobrepeso afecta também a saúde mental e emocional das crianças.

As crianças com sobrepeso são em regra geral muito envergonhadas com o seu corpo. As crianças são a que menos conseguem combater este problema, não só porque têm vergonha do seu corpo mas também porque têm vergonha de fazer exercício à frente das outras crianças.  A única forma de ajudar o seu filho é ajudá-lo a fazer exercício e a ter uma alimentação equilibrada.

Você pode não se preocupar ou pensar muito sobre o sobrepeso nas crianças, mesmo que seja pai ou mãe de uma criança obesa. Mas isso devia ser algo que estivesse na sua primeira linha de pensamento, por causa do efeito que tem sobre todo o país e a sociedade em geral.
Se você se preocupa com a sua criança e quer que ela cresça de forma saudável, é importante prevenir antes que se torne em mais um caso de obesidade infantil. Caso já seja um problema actual, deve ajudar a sua criança de forma saudável a alcançar e a manter o peso ideal, mas sempre com segurança.
Por vezes, alguns pais na esperança de resultados rápidos esquecem-se da parte saudável e segura do emagrecimento.
Hoje em dia, existem todo o tipo de dietas e comprimidos milagrosos que estão na moda. Perante este cenário dos nossos dias torna-se ainda mais importante que seja cauteloso em relação à segurança do seu filho, especialmente, quando está perante um problema tão sério como é a obesidade infantil.
Só porque o problema é “grande” ou grave, não significa que deva desistir e sofrer as causas da deste mal bem como todos os outros aspectos negativos deste fenómeno social.
Como pai, mãe ou adulto responsável pela criança e preocupado com a sua saúde deve informar-se e educar-se sobre o assunto.
Deve elaborar e colocar um plano em acção contra a obesidade infantil para poder ajudar a sua criança.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pesquisa do IBGE confirma que obesidade é epidemia no Brasil

Nos últimos 35 anos, o Brasil passou por uma impressionante transformação. Completou a transição de país rural para sociedade urbana e industrial, deixou para trás índices vergonhosos de mortalidade infantil e analfabetismo e, depois que conseguiu domar a inflação, nos anos 1990, consolidou um aumento substancial da renda da população. Esse conjunto de fatores permitiu reduzir drasticamente o histórico problema da desnutrição no Brasil. E resultou numa impressionante mudança no padrão físico do brasileiro. Desde 1974, quando foi feita a primeira pesquisa familiar que registrou peso e altura dos entrevistados, a população tornou-se mais alta. O déficit de altura entre crianças declinou da faixa dos 30% para menos de 10%. Nesse mesmo período, o brasileiro ganhou peso. Muito peso.

E é aí que a boa notícia começa a dar lugar à preocupação. O déficit de peso atinge hoje menos de 5% da população – o que é um indicador social positivo da maior relevância. Mas o excesso (ou sobrepeso, como preferem dizer os médicos) e a obesidade explodiram. A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que em todas as regiões do país, em todas as faixas etárias e em todas as faixas de renda aumentou contínua e substancialmente o percentual de pessoas com excesso de peso e obesas. O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Entre os 20% mais ricos, o excesso de peso chega a 61,8% na população de mais de 20 anos. Também nesse grupo concentra-se o maior percentual de obesos: 16,9%.
O IBGE segue os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) na conceituação de sobrepeso (Índice de Massa Corporal superior a 25%) e obesidade (IMC superior a 30%).

São números que dão ao fenômeno contornos de epidemia. Mantido o ritmo atual de crescimento do número de pessoas acima do peso, em dez anos elas serão 30% da população – padrão idêntico ao encontrado nos Estados Unidos, onde a obesidade já se constitui em sério problema de saúde pública. O Ministério da Saúde constatou a mesma tendência no rastreamento telefônico que faz para monitorar fatores de risco para doenças crônicas. A explicação está principalmente no padrão de consumo alimentar. A POF de 2002/2003 mostrou que as famílias estão gradualmente substituindo a alimentação tradicional na dieta do brasileiro – arroz, feijão, hortaliças – por bebidas e alimentos industrializados, como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida pronta. Tudo mais calórico e, em muitos casos, menos nutritivos.
Ou seja, além de se constituir em problema pelos riscos decorrentes do sobrepeso em si – como doenças do coração e diabetes – o sobrepeso é causado por uma alimentação pouco saudável. Para agravar o quadro, a prática regular de exercícios físicos está longe de fazer parte dos hábitos do brasileiro. Pesquisa de 2008 mostrou que apenas 10,2% da população com 14 anos ou mais tem alguma atividade física regular. Quando forem divulgados os dados relativos ao consumo das famílias na POF de 2008-2009, será possível analisar em detalhes como está evoluindo o padrão alimentar no Brasil.
Esse conjunto de pesquisas é um instrumento da maior importância para a formulação de políticas de saúde pública. A obesidade é um desafio mundial, pelo que representa de redução na expectativda de vida e nos custos dos serviços de saúde. Em 2004, a Assembléia Mundial da Saúde - que é a instância deliberadora máxima da Organização Mundial da Saúde - chamou a atenção para esse risco e editou o documento chamado Estratégia Global em Alimentação, Atividade Física e Saúde. Nele, os governos de todos os países se comprometem a implementar políticas que estimulem padrões saudáveis de alimentação e de atividade física. 
A pesquisa do IBGE ouviu 188 461 pessoas entre 2008 e 2009.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ALIMENTAÇÃO É TUDO

Ter uma alimentação equilibrada é fundamental a vida inteira. Porém, é importante entendermos que, ao longo dos anos, nosso corpo atravessa mudanças significativas e por causa disso passa a ter necessidades nutricionais um pouco mais específicas. Já percebeu como muitos de nós, quando adultos, já não toleramos certos tipos de alimentos?
Isso acontece porque depois da infância e da adolescência, fases em que o organismo consome altas doses de energia para crescer e se desenvolver, ficamos mais "seletivos" em termos nutricionais. Por isso, devemos privilegiar um cardápio que seja adequado às necessidades nutricionais do momento.
"Crianças e adolescentes em fase de crescimento precisam de um aporte maior de energia, além de cálcio e vitamina D. Mas, com o passar dos anos, a alimentação deve priorizar alimentos com menos gorduras e ricos em vitaminas e antioxidantes", explica a nutricionista Pricila Ricciardi. "Essas substâncias ajudam a combater os radicais livres e a evitar problemas típicos da terceira idade, como o diabetes e as doenças do coração."
A dica vale para ambos os sexos, mas a mulher deve estar especialmente atenta. A dieta tem papel fundamental na prevenção de doenças que têm feito cada vez mais vítimas do sexo feminino, como câncer, artrite, artrose e problemas cardiovasculares. Outras complicações que as mulheres conhecem bem, como a TPM e a osteoporose que pode aparecer na época da menopausa, também têm relação direta com os hábitos à mesa.
"Entre as jornadas de trabalho e os afazeres domésticos, é importante que as mulheres organizem-se para cuidar de si. A maioria não costuma fazer exames preventivos e não consegue manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e controlar o colesterol", observa o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni.
Conheça, a seguir, as principais necessidades do organismo de acordo com cada faixa etária.
Aos 20 anos: metabolismo acelerado
Nessa fase, o metabolismo está a todo vapor, mas cuidado para não exagerar. "A partir do início da fase adulta, devemos procurar sempre ter uma alimentação o mais saudável possível", alerta Pricila.
Para quem não aprendeu a se alimentar de forma balanceada desde criança, esta é a época certa para mudar de hábitos. Evite doces e gorduras e aumente a ingestão de fibras, vitaminas e minerais, consumindo frutas, vegetais e grãos integrais.
Aos 30 anos: cuidado com o estresse
A partir dos 30 anos o organismo começa a sentir com mais intensidade os sintomas do estresse. Especificamente no caso da mulher, é nessa fase da vida que o metabolismo começa a desacelerar e a queima de calorias fica mais lenta. Por isso, a prática de atividades físicas é também muito importante, além dos cuidados com a alimentação.
Aos 30 anos, é importante incluir no cardápio muito líquido, proteína magra (derivados de leite, carne, aves e peixes), frutas, verduras e legumes; cereais e grãos integrais, gorduras boas (óleo vegetal, azeite, abacate, oleaginosas) e, para quem gosta, adoçante.
Aos 40: cuidados na maturidade
Preocupar-se com a alimentação na maturidade é crucial para garantir a qualidade de vida. Mais uma vez, a mulher deve redobrar os cuidados: é aos 40 que o organismo se prepara para entrar na menopausa. Com o cardápio certo, porém, essa fase de transição pode ser muito mais suave.
"A partir dos 45 anos deve haver uma maior diminuição no consumo de açúcares refinados e gorduras, em especial as saturadas, as do tipo trans e o colesterol", avalia Pricila Ricciardi, que chama a atenção para a importância do consumo de alimentos ricos em cálcio, como o leite desnatado e seus derivados, nesta etapa da vida. "Eles previnem a osteoporose".
E quem já está na menopausa deve dar preferência a alimentos ricos em antioxidades, como frutas e chá verde. A soja também é uma boa pedida.
A partir dos 50: manutenção
Para quem se cuidou durante a vida inteira, essa é a fase de manutenção. Neste período, o menu é ao mesmo tempo leve e variado, e inclui fibras, hortaliças, frutas, legumes e carnes magras. Não esqueça do leite e seus derivados, que são ótimas fontes de cálcio, assim como as folhas verde escuras.
Dos 50 anos em diante, também vale a pena caprichar no consumo de vegetais amarelos, que são ricos em vitamina C e ajudam a evitar danos às células. E para proteger o sistema imunológico, é muito importante adicionar ao cardápio feijão e ervilha, que são ricos em zinco.
Vale lembrar ainda que nem sempre é possível recuperar os estragos de uma década inteira de irresponsabilidade alimentar comportando-se de forma exemplar na fase seguinte. A reeducação alimentar sempre é válida, mas quem sempre exagerou nas guloseimas deve procurar um médico para orientá-lo na nova dieta.
Fonte: http://www.obesidade.com.br/

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

FIQUE ATENTO

O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
 
Reeducação Alimentar
 
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.
Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
 
Exercício
 
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:
 
a diminuição do apetite,
o aumento da ação da insulina,
a melhora do perfil de gorduras,
a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.
 
Drogas
 
A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente.
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicio.