domingo, 19 de setembro de 2010

OBESIDADE


A obesidade muito além de um excesso de peso


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É comum atualmente as pessoas relacionarem a composição corporal como fim estético, onde o excesso de peso, na maioria das vezes, é enquadrado apenas como um aumento da composição corporal, predominado numa quantidade superior de massa adiposa (gordura corporal), com isso a questão saúde acaba não entrando neste parâmetro, consequentemente os riscos em relação ao sobrepeso e a obesidade são muitas vezes esquecidos ou ignorados.
Este artigo tem como finalidade, esclarecer e abordar a obesidade no ponto de vista nutricional, para isso vale lembrar o significado clínico da palavra obesidade: Alteração do estado nutricional, desencadeada pelo excesso de ingestão de alimentos, em geral de alta densidade energética e pelo sedentarismo. Acompanhado por um aumento do número de células adiposas, que é maior quando a obesidade ocorre precocemente (infância), resultando em prejuízos à saúde, riscos que são aumentados progressivamente de acordo com o ganho de peso.
Os principais fatores metabólicos implicados na gênese da obesidade seriam o aumento da lipase lipoprotéica (LPL), que é a enzima chave para a estocagem de lipídios (gordura) no tecido adiposo, que se encontra em maior atividade em pessoas obesas, outro fator seria o hiperinsulinimismo, ou seja, aumento da secreção de insulina desencadeada pelo auto consumo de  alimentos, em especial os carboidratos (açucares), aumentando assim  a hidrólise de triglicerídeos  a glicerol e ácidos graxos livres que entram nas células adiposas e são estocados sob a forma de triglicerídeos (gordura).
A obesidade contribui para uma variedade de doenças que colocam em riso a saúde e compromete a qualidade de vida do indivíduo obeso, que também apresentam maior pretensão de desenvolver o diabetes mellitus, doenças cardiovasculareshipertensão e a síndrome plurimetabólica, na qual se caracteriza por um conjunto de sintomas clínicos, como elevação da pressão arterial, aumento da concentração plasmática de triglicerídeos, diminuição dos níveis de HDL (colesterol bom), elevação da concentração plasmática de glicose em jejum; sintomas estes que aumentam ainda mais a probabilidade de doenças coronarianas.
As estratégias de tratamento e redução de peso não são efetivas a curto prazo, sendo um processo contínuo, e mais efetivas se associadas a umareeducação alimentaratividade física orientada e medicamentos no caso de patologias. Uma forma possível de reeducação alimentar oferece calorias em pequenas quantidades, levando em conta que esta restrição calórica deverá ser moderada e progressiva para não causar desconforto no paciente e também não acarretar em quadros de hipogligemia (queda de glicose na circulação. As quantidades de proteínas também devem ser suficientes para que a perda de peso ocorra de forma saudável, preservando a massa magra(músculos) e reduzindo a gordura corporal.
Vale ressaltar que quanto maior o tempo de seguimento de uma dieta desbalanceada maior será o risco de desenvolver problemas nutricionias, como carência de vitaminas e minerais, por isso a importância de um acompanhamento nutricional individualizado, já que cada pessoa possuí um biotipo que deve ser respeitado na tentativa de perda de peso.
Fonte:  ANutricionista.Com - Mírian Valério - CRN2 7012P - Nutricionista em Rio Grande.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Obesidade Infantil e na Adolescência a Consequência e as Doenças

Diabetes, hipertensão e outras doenças crónicas relacionadas com a obesidade que prevalecem entre os adultos estão a começar a ser mais comuns entre os jovens.
A percentagem de crianças e adolescentes com excesso de peso ou obesos é agora mais alta do que nunca. Os maus hábitos alimentares e a inactividade são consideradas como causa do aumento da obesidade na juventude.
Predomínio e tendências:
Aproximadamente 30,3% das crianças (dos 6 aos 11 anos) têm excesso de peso e 15,3% sãoobesas. Entre os adolescentes (dos 12 aos 19 anos) 30,4% têm excesso de peso e 15,5% sãoobesos.
O excesso de peso durante a infância e adolescência é prenúncio de excesso de peso na idade adulta. As crianças com excesso de peso, entre os 10 e os 14 anos, com pelo menos um dos pais obeso ou com excesso de peso, são referenciados como tendo 79% de probabilidades de que o excesso de peso se mantenha quando adultos.
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Género:
A prevalência do excesso de peso é mais elevada nos rapazes (32,7%) do que nas raparigas (27,8%). Nos adolescentes, a prevalência do excesso de peso é quase a mesma (30,2%) para o sexo feminino do que para o sexo masculino (30,5%).
Efeitos na saúde:
Muitos efeitos adversos na saúde estão relacionados com o excesso de peso verificado entre as crianças e adolescentes. O excesso de peso na infância e, particularmente, na adolescência, está relacionado com o aumento da morbidez e da mortalidade mais tarde.
Asma:
Está reportado que a prevalência do excesso de peso é significativamente mais elevada entre as crianças e adolescentes com asma, desde a asma moderada à severa, quando comparada com outros grupos.
Diabetes (tipo 2):
A diabetes do tipo 2 aumentou drasticamente, num curto período, entre as crianças e os adolescentes. O aumento paralelo da obesidade entre as crianças e os adolescentes é reportado como sendo o factor mais significativo para a subida da diabetes. A diabetes de tipo 2 é predominante entre os jovens Afro-Americanos e Hispânicos, com um índice particularmente elevado entre os descendentes de Mexicanos.
Hipertensão:
Descobriu-se que os níveis persistentemente elevados da pressão sanguínea ocorrem cerca de 9 vezes com mais frequência entre as crianças e os adolescentes obesos (dos 5 aos 18 anos) do que nos não obesos.
Complicações ortopédicas:
Entre as crianças e jovens que estão em processo de crescimento, os ossos e as cartilagens não são suficientemente fortes para suportar o excesso de peso. Como resultado, ocorrem diversas complicações ortopédicas entre as crianças e os adolescentes obesos. Nas crianças com menos idade o excesso de peso pode conduzir ao encurvamento e ao crescimento excessivo dos ossos das pernas. Peso a mais a sobrecarregar as ancas pode causar dor e limitar a capacidade de movimentos. Entre 30 e 50 por cento das crianças nestas condições têm excesso de peso.
Efeitos psico-sociais e estigma:
As raparigas caucasianas, que desenvolvem uma imagem negativa do seu corpo, representam risco elevado por causa das subsequentes desordens alimentares. As adolescentes do sexo feminino que têm excesso de peso relataram experiências de estigmatização tais como chamarem-lhes nomes ou dizerem-lhes piadas ofensivas, assim como, por menos intencionais que sejam, comentários potencialmente dolorosos pelos colegas, membros da família, empregados e até estranhos.
As crianças e os adolescentes com excesso de peso reportam suposições negativas a seu respeito por parte de outros, incluindo serem inactivos ou preguiçosos, serem mais fortes ou mais resistentes, não terem sentimentos ou serem porcos.
Apneia do sono:
A apneia do sono, paragem da respiração durante o sono, ocorre em cerca de 7% das crianças com obesidade. São comuns as deficiências no raciocínio entre as crianças obesas que sofrem de apneia do sono.