sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Obesidade entre jovens pode ser "contagiosa"



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(Reprodução)
A obesidade entre as crianças e jovens poder ser "contagiosa", segundo um estudo realizado pela Universidade do Havaí, nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que os jovens aderem aos maus hábitos dos amigos que estão acima do peso.
O estudo, publicado na revista científicaEconomics and Human Biology, analisou o comportamento de 5.000 adolescentes. Percebeu–se que os jovens se organizam socialmente de acordo com o peso, hábito que pode ser adquirido na infância. Ao longo do tempo, os pesquisadores notaram que quando um amigo engordava, o outro também ganhava peso.
Um exemplo: quando um jovem com 1,75 metro e 66 quilos - valores considerados saudáveis - tinha um amigo que engordava por volta de 3 quilos, o adolescente em forma ganhava ele próprio quase um quilo, em média. Ele continuará saudável, mas a longo prazo isso significa que ele pode se tornar obeso.
Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade do Reino Unido, explicou como as amizades podem influenciar no peso. "Se você vai jantar com um amigo que é obeso, é provável que você coma o mesmo tipo de comida que ele", disse. Fry afirma ainda que, mesmo a quilômetros de distância, os amigos têm mais poder de influência do que vizinhos, por exemplo. Os pesquisadores estão considerando também a influência inversa: "Talvez, as crianças saudáveis poderão levar bons hábitos aos amigos que são obesos", explicou.
Entretanto, os hábitos dos pais também podem ser decisivos na saúde dos filhos. "Se o pai é gordo e não gosta muito de se exercitar - não joga bola com o filho, por exemplo - é provável que a criança queira ficar sentado com ele no sofá", alertou Fry. Apesar de os amigos influenciarem diretamente na saúde dos jovens, especialistas explicaram que o sobrepeso não deve ser atribuído apenas a esse fator. Muitos jovens possuem uma alimentação que não é saudável e, na maioria das vezes, esses alimentos são consumidos dentro de casa e na companhia da família. 
...É uma fase de transição, de indecisão mas fundamental para o desenvolvimento do ser humano mais completo tanto físico como emocional. A adolescência.

Os benefícios da atividade física não se limita a idades específicas. Entretanto, o estar sempre de bem consigo desfrutando de uma melhor qualidade de vida e das coisas boas que a vida nos oferece é um dos bons álibis para que o adolescente não se torne um chato, cognominado de aborrecente.

Entre os benefícios físicos estão o estímulo ao desenvolvimento mais harmônico, possivelmente livre do fantasma da obesidade e todas as doenças associadas. Um adolescente fisicamente ativo com hábitos de vida saudável tem mais possibilidades de se tornar uma adulto igualmente ativo. Entre os psicológicos estão o melhor poder de controle das emoções, a facilidade de relacionamento com o grupo e saber quais são os seus limites e, o dos outros.

Além da socialização muitos adolescentes procuram a boa forma seguindo também o apelo estético da sociedade como um todo. Como eles andam sempre em grupo, cabe ao professor conquistar pelo menos um deles. Os outros vêm na onda.
A princípio não existe "uma" atividade específica para o jovem, uma vez que são raras as contra-indicações. Os adolescentes só não devem fazer atividades físicas se houver cardiopatias congênitas ou doenças graves. Nesses casos, a palavra do médico é a mais importante.

Da mesma forma não existe a mais indicada a cada sexo e sim a cada indivíduo de acordo com as preferências pessoais. O mundo está mais eclético.
Outro ponto a ser levado em consideração é pensar que as lutas sirvam para descarregar raiva ou rebeldia. A filosofia das lutas se prendem no respeito ao adversário e preservação da integridade física do seu semelhante uma vez que, "se machucar o adversário, amanhã não tem com quem treinar". No que tange ao aprendizado dessa filosofia, o jovem rebelde tem mais uma opção de aprendizado social.

As meninas, na grande maioria, segundo as pesquisas, a busca é pela estética procurando um corpo durinho, perfeito e sensual. Por isso, as atividades mais procuradas por elas ainda são respectivamente a ginástica localizada e as danças. Entre os meninos, a musculação visando hipertrofia ainda é a preferida, assim como as aulas que promovem o condicionamento e liberação de endorfina como por exemplo o spining.

"Idade não é documento" Esse adágio popular se aplica à questão da idade ideal para se começar. Não existe "uma" a partir da qual deve-se começar a fazer musculação. A adolescência pode ser a mais indicada em função do estímulo à maturação óssea e desenvolvimento da massa muscular estimulada pela liberação dos hormônios anabolizantes tais como a testosterona. De qualquer forma, a orientação deve ser feita por profissionais habilitados, atualizados e com absoluto bom senso. "Pegar pesado", como já comentamos, depende do potencial genético de cada um. A alegação de que as cartilagens e as cabeças dos ossos longos (epífises), possam sofrer lesão ocasionando a parada no crescimento, pelo menos por enquanto, não encontra respaldo em registros médicos e ou científicos suficientes para se afirmar isso. Quase sempre se referem e condenam a musculação. Entretanto, outras atividades talvez com mais impacto ainda, tais como o futebol, o vôlei, o basquete e os movimentos envolvendo saltos, o adolescente pratica sem problema nenhum. Sendo assim, a carga de treinamento deve ser de acordo com o desenvolvimento de cada um.

Outros mitos também envolvem a atividade física para o adolescente. Entre eles o de que certas atividades como por exemplo a Ginástica Olímpica, podem interferir no crescimento deixando-os baixinhos. É a Ginástica Olímpica que deixa indivíduo baixinho ou o baixinho que tem mais facilidade de dominar o corpo em função do pouco peso e centro de gravidade mais próximo ao solo? Mais uma vez vale a orientação certa para o indivíduo certo. O adolescente é o "maior barato" !!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE OBESIDADE NOS IDOSOS



INTRODUÇÃO
Envelhecer bem e atividade física são conceitos fortemente associados. Ao longo dos últimos 30 anos, em que as alterações nas possibilidades de envelhecer bem passaram do prenuncio à realidade, foi produzido considerável conhecimento cientifico sobre a relação entre atividade física e envelhecimento saudável. Esta evidente também a possibilidade de retardamento do declíneo normal associado ao envelhecimento, de um agravamento mais lento das doenças associadas à idade, de evitação de certas doenças de inicio tardio e de relativa possibilidade de recuperação de certas disfuncionalidades, uma vez instaladas. O bem-estar é uma abordagem consciente e deliberada para o estado avançado de saúde. Esse panorama conceitual de bem-estar assemelha-se ao de saúde, devendo abranger as perspectivas da vida humana: social, fisiológica, psicológica e espiritual.
ENVELHECIMENTO E ATIVIDADE FÍSICA
Investigar os efeitos da atividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o individuo ativo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.
Torna-se uma providência obrigatória, principalmente para os indivíduos mais idosos uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios. Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o individuo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos mais jovens.
A explicação para este fato é, na realidade, bastante lógica: nós sabemos que a inatividade física leva a uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma duvida o sistema que mais se ressente da inatividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso.
Por outro lado, a atividade física no idoso, desde que bem orientada, pode prevenir problemas do envelhecimento (osteoporose, hipertensão, obesidade).
A Atividade física esta associada à diminuição da adiposidade entre jovens e adultos de meia-idade, porém essa associação entre os idosos é pouco estudada. O fato de as pessoas portadoras de fatores de risco morrerem mais cedo impossibilita a determinação da relação atividade física / obesidade em idosos. Vários estudos epidemiológicos, realizados em diferentes países, mostram que a atividade física vigorosa está associada a uma mobilização preferencial da gordura abdominal mais do que da gordura periférica. (Bouchard e Deprés, 1989). Tais resultados sugerem uma influência favorável da atividade física sobre as doenças de risco associadas à obesidade da região superior do corpo entre a população de meia-idade.
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, portanto voluntária, que resulte num gasto energético, acima dos níveis de repouso. Inclui desde as AVD (atividades da vida diária) até as atividades esportivas e de lazer como dança, caminhadas, entre outros. Já a aptidão física pode ser definida como a capacidade que um indivíduo possui para realizar atividades físicas (Nahas, 2001, p. 33).
SAÚDE E MOTIVAÇÃO
A saúde é definida como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades". Esta definição é seqüencial à definição que surgiu no final de 1940, por ocasião da constituição da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao contrário, saúde se identifica com uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, onde à saúde representa um estado dinâmico de bem-estar positivo daqueles que possuem hábitos que promovem a saúde, diminuindo o risco de doença prematura e morte.
De acordo com Dawidoff (1989), "motivo ou motivação, refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante".
OBESIDADE
De acordo com os especialistas, a obesidade tem sido tratada como uma doença aguda (do tipo resfriado) quando deveria ser vista como uma condição crônica (como uma doença cardíaca ou diabetes). Como objetivo final de um programa de reeducação é a perda de peso e sua manutenção.
Pelo menos oito problemas importantes estão associados à obesidade:
  • Dificuldade Emocional;
  • Aumento de osteoartrite;
  • Aumento da incidência de hipertensão arterial;
  • Aumento dos níveis de colesterol e de outras gorduras do sangue;
  • Aumento do diabetes;
  • Aumento de doença cardíaca;
  • Aumento do câncer;
  • Aumento de morte prematura;
A maioria dos especialistas em obesidade acredita que três fatores são responsáveis:
  • Influências genéticas e dos pais;
  • Dietas ricas em calorias e gorduras;
  • Gasto energético insuficiente;
De acordo com a maioria dos especialistas em controle de peso, o tratamento da obesidade deve envolver três elementos:
  • Dieta: a ingestão calórica deve ser reduzida, preferivelmente por meio da redução do conteúdo de gordura da dieta e do aumento da ingestão de carboidratos e de fibras dietéticas (p.ex. grãos integrais, frutas e vegetais);
  • Exercícios: o gasto energético deve ser aumentado.
  • Modificação comportamental: varias técnicas devem ser empregadas, incluindo: Autocontrole, controle dos eventos que precedem a alimentação, desenvolvimento de técnicas para controlar o ato de comer, reforço por recompensas.
É importante ressaltar que, mesmo na ausência de aumento de peso corporal, há um aumento na quantidade de gordura corporal que acompanha o envelhecimento. Esse aumento implica uma significativa diminuição no número de fibras musculares de contração rápida. (Iwanaga et. al. 1990)
Mesmo idosos magros têm mais gordura corporal que jovens magros, a qual se localiza ao redor das vísceras, do fígado, do coração, do pâncreas, etc. (Jacob Fª, 1995).
Em mulheres, principalmente, com a inclusão diária de atividades físicas, a massa gordurosa se distribui de maneira mais homogênea, pelo gasto de energia dispensado, podendo interferir na auto-estima feminina melhorando a qualidade de vida. A atividade física tende a ser dependente de vontade, de desejos e, principalmente, de motivação contribuindo para a boa saúde mental e física (Azevedo,1998, p. 21).
De acordo com International Classification of Diseases (ICD), a obesidade é considerada uma patologia com evidências de fatores psicológicos.

O ORGANISMO E SUAS ALTERAÇÕES
O estudo das alterações orgânicas é de extrema importância para a compreensão do organismo físico e da diminuição das reservas funcionais que constituem o ponto de partida para qualquer fenômeno vital, observado em todos os sistemas e nos aparelhos ósseos, articular, muscular, nervoso, cardiovascular, pulmonar, endócrino e imunológico. Todavia, a velocidade e a extensão desse declíneo possuem variações entre diversos sistemas e funções.
A gordura corporal aumenta para 20% ou 40%, com uma distribuição mais centrípeta no processo do envelhecimento, "depositando-se principalmente no tecido subcutâneo do tronco, nos epiplons e ao redor de víceras como rins e coração". (Netto, 1996)
De acordo com o mesmo autor, há uma tendência de o idoso reduzir o peso após os 60 anos de idade, mantendo-se inalterado ou elevando-se pelo acúmulo de gordura. O decréscimo do peso, com o avançar da idade, pode estar associado com eficiência diminuída do sistema digestório, massa muscular decrescente e também pode ser influenciado por mudanças nos hábitos alimentares resultantes da perda de sensibilidade gustativa e olfativa e por problemas dentários.
Fatores de risco significativos incluem os que podem ou não ser modificados assim como importantes fatores de potencialização:

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA A SAÚDE
Para conseguir efeitos benéficos da atividade física é de extrema importância a participação regular e contínua nos devidos programas, podendo ser rapidamente revertidos pelo retorno à inatividade. Segundo Gobbi (1997), as evidências científicas do exercício na população idosa podem ser sumarizados da seguinte maneira: melhoria do bem-estar geral, melhoria da saúde geral física e psicológica, ajuda na preservação do viver independente, ajuda a controlar condições específicas (ex.: estresse, obesidade) e doenças (ex.: diabetes, hipercolesterolemia), reduz o risco de certas doenças não-comunicáveis (ex.: doença coronária cardíaca, hipertensão, diabetes), ajuda a minimizar as conseqüências de certas incapacidades e pode ajudar na administração de condições dolorosas, pode ajudar a modificar perspectivas estereotipadas da velhice.
FINALIDADES DA ATIVIDADE FÍSICA APLICADA A TERCEIRA IDADE
A atividade física para a terceira idade é importante, pois cria um clima descontraído, desmobiliza as articulações e aumenta o tônus muscular, proporcionando maior disposição para o dia a dia, buscando os seguintes objetivos: bem-estar físico, auto-confiança, sensação de auto-avaliação, segurança no dia a dia através do domínio do corpo, elasticidade, aumento da prontidão para a atividade, ampliação da mobilidade das grandes e pequenas articulações; fortalecimento da musculatura, pois os músculos têm uma capacidade de regeneração especial, a função dos aparelhos de sustentação e locomoção também dependem da musculatura; melhoria da respiração, principalmente nos aspectos da forte expiração; intensificação da circulação sanguínea, sobretudo nas extremidades; estimulação de todo sistema cardiocirculatório. melhoria da resistência. aumento da habilidade, da capacidade de coordenação e reação; além de ser um meio de cura contra a depressão, circunstâncias de medo, decepções, vazios anteriores, aborrecimento, tédio e solidão; obesidade.
QUALIDADE DE VIDA
O estudo da qualidade de vida em indivíduos idosos representa um desafio dos novos tempos, pois exige contemplação da experiência do envelhecimento visando a uma qualidade cotidiana, além das oportunidades oferecidas meramente pelo acaso. No sentido amplo, Silva (1999) destaca que a qualidade de vida "aplica-se ao indivíduo aparentemente saudável e diz respeito ao seu grau de satisfação com a vida nos múltiplos aspectos que a integram: moradia, transporte, alimentação, lazer, satisfação/realização profissional, vida sexual e amorosa, relacionamento com outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança financeira".
CONCLUSÃO
Através deste estudo pode-se perceber a importância da atividade física no decorrer de nossas vidas, não somente na vida enquanto jovem, mas dar continuidade a esta atividade na velhice. Cada vez mais, podemos avaliar que os idosos estão preocupados com a saúde, embora ainda tenham aqueles que ainda não se cuidam, mas a grande maioria tem a consciência que o corpo saudável traz uma vida mais longa e longe de problemas de saúde, principalmente com a obesidade, que através dela se acarretam tantas doenças.
Atividades leves e moderadas, passeios, viagens, cursos, todos são exemplos de atividade física que podem ser seguidas pelos idosos, sempre acompanhadas pelo profissional de educação física e pelo médico.

domingo, 19 de setembro de 2010

OBESIDADE


A obesidade muito além de um excesso de peso


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É comum atualmente as pessoas relacionarem a composição corporal como fim estético, onde o excesso de peso, na maioria das vezes, é enquadrado apenas como um aumento da composição corporal, predominado numa quantidade superior de massa adiposa (gordura corporal), com isso a questão saúde acaba não entrando neste parâmetro, consequentemente os riscos em relação ao sobrepeso e a obesidade são muitas vezes esquecidos ou ignorados.
Este artigo tem como finalidade, esclarecer e abordar a obesidade no ponto de vista nutricional, para isso vale lembrar o significado clínico da palavra obesidade: Alteração do estado nutricional, desencadeada pelo excesso de ingestão de alimentos, em geral de alta densidade energética e pelo sedentarismo. Acompanhado por um aumento do número de células adiposas, que é maior quando a obesidade ocorre precocemente (infância), resultando em prejuízos à saúde, riscos que são aumentados progressivamente de acordo com o ganho de peso.
Os principais fatores metabólicos implicados na gênese da obesidade seriam o aumento da lipase lipoprotéica (LPL), que é a enzima chave para a estocagem de lipídios (gordura) no tecido adiposo, que se encontra em maior atividade em pessoas obesas, outro fator seria o hiperinsulinimismo, ou seja, aumento da secreção de insulina desencadeada pelo auto consumo de  alimentos, em especial os carboidratos (açucares), aumentando assim  a hidrólise de triglicerídeos  a glicerol e ácidos graxos livres que entram nas células adiposas e são estocados sob a forma de triglicerídeos (gordura).
A obesidade contribui para uma variedade de doenças que colocam em riso a saúde e compromete a qualidade de vida do indivíduo obeso, que também apresentam maior pretensão de desenvolver o diabetes mellitus, doenças cardiovasculareshipertensão e a síndrome plurimetabólica, na qual se caracteriza por um conjunto de sintomas clínicos, como elevação da pressão arterial, aumento da concentração plasmática de triglicerídeos, diminuição dos níveis de HDL (colesterol bom), elevação da concentração plasmática de glicose em jejum; sintomas estes que aumentam ainda mais a probabilidade de doenças coronarianas.
As estratégias de tratamento e redução de peso não são efetivas a curto prazo, sendo um processo contínuo, e mais efetivas se associadas a umareeducação alimentaratividade física orientada e medicamentos no caso de patologias. Uma forma possível de reeducação alimentar oferece calorias em pequenas quantidades, levando em conta que esta restrição calórica deverá ser moderada e progressiva para não causar desconforto no paciente e também não acarretar em quadros de hipogligemia (queda de glicose na circulação. As quantidades de proteínas também devem ser suficientes para que a perda de peso ocorra de forma saudável, preservando a massa magra(músculos) e reduzindo a gordura corporal.
Vale ressaltar que quanto maior o tempo de seguimento de uma dieta desbalanceada maior será o risco de desenvolver problemas nutricionias, como carência de vitaminas e minerais, por isso a importância de um acompanhamento nutricional individualizado, já que cada pessoa possuí um biotipo que deve ser respeitado na tentativa de perda de peso.
Fonte:  ANutricionista.Com - Mírian Valério - CRN2 7012P - Nutricionista em Rio Grande.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Obesidade Infantil e na Adolescência a Consequência e as Doenças

Diabetes, hipertensão e outras doenças crónicas relacionadas com a obesidade que prevalecem entre os adultos estão a começar a ser mais comuns entre os jovens.
A percentagem de crianças e adolescentes com excesso de peso ou obesos é agora mais alta do que nunca. Os maus hábitos alimentares e a inactividade são consideradas como causa do aumento da obesidade na juventude.
Predomínio e tendências:
Aproximadamente 30,3% das crianças (dos 6 aos 11 anos) têm excesso de peso e 15,3% sãoobesas. Entre os adolescentes (dos 12 aos 19 anos) 30,4% têm excesso de peso e 15,5% sãoobesos.
O excesso de peso durante a infância e adolescência é prenúncio de excesso de peso na idade adulta. As crianças com excesso de peso, entre os 10 e os 14 anos, com pelo menos um dos pais obeso ou com excesso de peso, são referenciados como tendo 79% de probabilidades de que o excesso de peso se mantenha quando adultos.
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Género:
A prevalência do excesso de peso é mais elevada nos rapazes (32,7%) do que nas raparigas (27,8%). Nos adolescentes, a prevalência do excesso de peso é quase a mesma (30,2%) para o sexo feminino do que para o sexo masculino (30,5%).
Efeitos na saúde:
Muitos efeitos adversos na saúde estão relacionados com o excesso de peso verificado entre as crianças e adolescentes. O excesso de peso na infância e, particularmente, na adolescência, está relacionado com o aumento da morbidez e da mortalidade mais tarde.
Asma:
Está reportado que a prevalência do excesso de peso é significativamente mais elevada entre as crianças e adolescentes com asma, desde a asma moderada à severa, quando comparada com outros grupos.
Diabetes (tipo 2):
A diabetes do tipo 2 aumentou drasticamente, num curto período, entre as crianças e os adolescentes. O aumento paralelo da obesidade entre as crianças e os adolescentes é reportado como sendo o factor mais significativo para a subida da diabetes. A diabetes de tipo 2 é predominante entre os jovens Afro-Americanos e Hispânicos, com um índice particularmente elevado entre os descendentes de Mexicanos.
Hipertensão:
Descobriu-se que os níveis persistentemente elevados da pressão sanguínea ocorrem cerca de 9 vezes com mais frequência entre as crianças e os adolescentes obesos (dos 5 aos 18 anos) do que nos não obesos.
Complicações ortopédicas:
Entre as crianças e jovens que estão em processo de crescimento, os ossos e as cartilagens não são suficientemente fortes para suportar o excesso de peso. Como resultado, ocorrem diversas complicações ortopédicas entre as crianças e os adolescentes obesos. Nas crianças com menos idade o excesso de peso pode conduzir ao encurvamento e ao crescimento excessivo dos ossos das pernas. Peso a mais a sobrecarregar as ancas pode causar dor e limitar a capacidade de movimentos. Entre 30 e 50 por cento das crianças nestas condições têm excesso de peso.
Efeitos psico-sociais e estigma:
As raparigas caucasianas, que desenvolvem uma imagem negativa do seu corpo, representam risco elevado por causa das subsequentes desordens alimentares. As adolescentes do sexo feminino que têm excesso de peso relataram experiências de estigmatização tais como chamarem-lhes nomes ou dizerem-lhes piadas ofensivas, assim como, por menos intencionais que sejam, comentários potencialmente dolorosos pelos colegas, membros da família, empregados e até estranhos.
As crianças e os adolescentes com excesso de peso reportam suposições negativas a seu respeito por parte de outros, incluindo serem inactivos ou preguiçosos, serem mais fortes ou mais resistentes, não terem sentimentos ou serem porcos.
Apneia do sono:
A apneia do sono, paragem da respiração durante o sono, ocorre em cerca de 7% das crianças com obesidade. São comuns as deficiências no raciocínio entre as crianças obesas que sofrem de apneia do sono.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SAIBA COMO EVITAR

Obesidade

ada vez mais aumenta o número de pessoas acima do peso. Com isso, há um aumento também no risco de doenças relacionadas à obesidade.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com aobesidade nos países em desenvolvimento. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 40% da população está acima do peso. Aproveitando que dia 7 de Abril é o Dia Mundial da Saúde, Cyber Diet mostra quais são as doenças ligadas ao excesso de peso e como evitá-las.

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é o conjunto de três ou maisdoenças associadas ao excesso de peso ou obesidade. É mais freqüente em pessoas com excesso de gordura na região abdominal, a chamada gordura visceral. Este tipo de gordura está relacionado com a incidência maior de doenças. 

As doenças ligadas à síndrome metabólica são hipertensão arterial, resistência à insulina, colesterol elevado, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim), triglicérides elevado e intolerância à glicose. 

O tratamento para a síndrome metabólica é baseado em eliminação de peso, prática de atividade física, e em certos casos é necessário o uso de medicamentos. 

Hipertensão Arterial 

A hipertensão arterial ocorre quando há um aumento da pressão, podendo ocasionar vários problemas cardiovasculares. O risco de desenvolver a hipertensão em pessoas acima do peso é muito maior do que em pessoas com peso adequado. Porém, existem outros fatores que contribuem para que esta doença se desenvolva: excesso no consumo de sódio, de álcool e sedentarismo. 

O tratamento da hipertensão deve basear-se numa alimentação balanceada nutricionalmente, contendo todos os nutrientes, prática de atividade física e evitar o consumo de álcool, sal e sódio em excesso. 

Resistência à Insulina 

A resistência à insulina ou hiperinsulinemia é uma doença onde há um aumento na produção de insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, para tentar manter os níveis de glicose sangüínea normais. Assim, os níveis de glicemia estão freqüentemente normais, mas a insulina está elevada. 

Este é um fator de risco para o diabetes tipo 2 e resulta em algumas alterações como diminuição do HDL-colesterol e aumento do triglicérides. 

Diabetes 

No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas (10% da população) estão diabéticas. O diabetes é caracterizado pelo aumento de glicose no sangue por deficiência de insulina ou por resistência à insulina. Existem 2 tipos: tipo I (insulino-dependente), geralmente adquirida por fatores genéticos e tipo II (não insulino-dependente), comumente causada pela obesidade e outros fatores ambientais. Podemos citar alguns fatores de risco, como histórico familiar de diabetes, sedentarismo, obesidade, doenças coronarianas e outros. 

O diabetes é diagnosticado através do exame de sangue. A faixa de normalidade da glicemia é de 70 a 110mg/dl e o tratamento deve ser baseado em alimentação específica, juntamente com prática de atividade física e alguns casos o uso de medicamentos prescritos pelo médico, como hipoglicemiantes orais ou insulina. 

A prevenção do diabetes tipo II pode ser feira através da manutenção do peso ideal, prática de atividade física, não fumar, controlar a pressão arterial e evitar medicamentos que possam agredir o pâncreas, como cortisona e diuréticos. 

Colesterol elevado 

O colesterol total é composto pelas frações: HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim) e triglicérides. Ele também é diagnosticado através do exame de sangue, sendo normal até 200mg/dl. 

Os níveis aumentados de colesterol total, LDL-colesterol (>200 mg/dl) e triglicérides (>150mg/dl) podem acarretar em entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. Como prevenção deve-se evitar gordura saturada, presente em produtos de origem animal, como manteigas, leite integral e derivados, carnes gordas, pele de frango, frituras em geral etc. 

As fibras da alimentação e a prática de atividade física também contribuem para a normalização dos índices de colesterol. 

Para prevenir doenças e ter uma vida saudável basta ter uma alimentação adequada e praticar atividade física, reduzindo assim o excesso de peso. Por isso, comece já a se reeducar! 

domingo, 8 de agosto de 2010

OBESIDADE FEMININA E OBESIDADE MASCULINA


Obesidade "a pera" e obesidade "a maçã"


Quanto a relação entre obesidade e risco arteriosclerótico é necessário evidenciar que existem dois tipos de obesidade:

Obesidade de tipo feminino, chamada também ginoide ou "a pera", caracterizada pela predominante deposição de gordura a nível dos quadris e dos seios.
Obesidade de tipo masculino, chamada também de androide ou "a maçã" caso em que a gordura se acumula sobretudo a nível do rosto, da barriga e do tronco.

E é exatamente este último tipo de obesidade que deve ser o mais temido do ponto de vista de risco cardiovascular.


Obesidade masculina e complicações


A obesidade masculina com freqüência se encontra associada a diabetes, hipertensão, doenças do coração e dos vasos sangüíneos. A obesidade masculina mantém com freqüência uma redução da sensibilidade a ação da insulina, um homônio que mantém a glicemia normal transformando o excesso de glucose circulante em gordura acumulada.

Em casos de obesidade particularmente graves podem também manifestar-se problemas de apnéia no sono, quando o doente, dormindo, inconscientemente pára de respirar por alguns segundos, ou então sonolência durante o dia, e graves alterações do rítimo cardíaco.

OBESIDADE CAUSAS


Causas da obesidade


A estabilidade do peso corpóreo nos indivíduos normais é garantida pelo equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas com a dieta e a quantidade de calorias queimadas pelo organismo. Quando essa combinação se desequilibra e a quantidade de calorias ingeridas supera as calorias eliminadas, as calorias em excesso ficam acumuladas no tecido adiposo sob forma de gordura. Se a situação persiste no tempo, pode-se desenvolver a obesidade.


Condições patológicas da obesidade 


Entre os condições patológicas mais freqüentes da obesidade se encontra a diabetes ou uma alteração do nível de gordura no sangue. Com freqüência se verifica um aumento dos triglicerídeos, colesterol total e sobretudo do colesterol LDL.

Outro problema patológico da obesidade é a hipertensão. Foi possível demonstrar que, quando uma pessoa obesa emagrece, ocorre também uma baixa da pressão. Dado a sua relação com a diabetes, a hipertensão e a hiperlipidemia, todos os problemas que - assim como a obesidade - representam fatores de risco para a artereosclerose, se compreende por que ser gordo significa também estar exposto a um maior risco de doença coronária e ictus cerebral. Além disso, a obesidade induz a eczema e furunculose, favorece o desenvolvimento de efizema, pé chato, hérnia e osteoartrose, aumenta a incidência de cálculos biliar, provoca dispnea do esforço, intolerância ao calor e transpiração excessiva.

OBESIDADE E CIRURGIA


Obesidade e técnicas cirúrgicas


Todas as alterações que acompanham a obesidade melhoram com o emagrecimento. A dieta representa seguramente um momento fundamental do tratamento da obesidade. Para os muito obeso é possível também recorrer a algumas técnicas cirúrgicas, recordando que deve ser sempre o médico a escolher a mais adapta para o paciente.


Obesidade e o balãozinho intragástrico


O balãozinho intragástrico em silicone (Bib), é introduzido por via endoscópica no estômago, cheio de uma solução fisiológica e metilene azul para evidenciar eventuais perdas através das fezes e urina. O Bib, que pode permanecer no estômago seis meses, permite aos pacientes de seguir dietas hipocalóricas sem sentir o estímulo da fome. Em seguida o Bib, contraindicado para quem sofre de úlcera, esofagite, hérnia volumosa e bulimia, é removido, sempre por via endoscópica e, se a perda de peso é insuficiente, se pode colocar um outro. 


Obesidade e a bandagem gástrica


Uma outra técnica cirúrgica muito utilizada é a bandagem gástrica regulável, realizada por via laparoscópica. Com esta última técnica, reversível, o cirurgião introduz os instrumentos através de pequenos furos e controla no monitor os movimentos para dispor em torno da parte alta do estômago uma espécie de cinto (a bendagem). O estômago adquire assim a forma de uma espécie de clepsidra onde a parte superior, muito menor que a inferior, é um recipiente que funciona como preestômago. Quando este saco se enche determina a saciedade, uma vez que, o bolo alimentar deflui lentamente devido a restrição da bendagem. A digestão e a absorção dos  nutrientes no intestino acontecem fisiologicamente e não são subvertidos como nos by-pass intestinais. A restrição  pode também ser ajustada, como se faz com um cinto, com uma injeção subcutânea de água destilada. 


Obesidade e homeopatia


A homeopatia também contra a obesidade, se associada a um regime dietético, pode resultar muito eficaz. Entre os produtos homeopáticos lembramos Ammonium Carbonicum, para quem gosta muito de doces e sofre de disgestão; Phytolacca Decandra, se a obesidade é acompanhada de reumatismos e distúrbios respiratórios;Calcarea Carbonica, em pacientes apreensivos; Baronia para homens de negócios irritáveis e que sofrem de halitose; Staphysagria, para mulheres deprimidas depois de uma profunda desilusão.

TRATAMENTOS PARA A OBESIDADE


Obesidade e emagrecimento


Todas as alterações que acompanham a obesidade melhoram com o emagrecimento. A dieta representa seguramente um momento fundamental para o tratamento da obesidade. Ela deve fornecer uma quantidade de calorias inferior aquela eliminada por uma determinada pessoa. Em particular pode-se dizer que, segundo cada caso, é possível recorrer a uma contribuição diária compreendida entre 800 e 1500 calorias. Deve ser diminuida a quantidade de gordura, sobretudo as animais, açúcares e álcool. 


Obesidade e medicamentos


Existem também medicamentos que são em grau de reduzir a sensação de apetite. Todavia, esses remédios deveriam ser reservados a casos em que a obesidade não responde mais ao tratamento baseado na combinação da dieta com a atividade física ou quando for necessário um emagrecimento rápido por motivo dos riscos que a obesidade expõe em pesença de doenças associadas.

O medicamento tem a sua racional utilização nos pacientes obesos com índice de massa corpórea superior a 30 ou com sobrepeso com índice superior a 28 e com a presença de fatores de risco que deve ser sempre combinado a uma dieta hipocalórica com baixa quantidade de gordura. Este medicamento não representa certamente a panacéia para todos os males, mas uma ajuda em certos casos particulares que de qualquer modo deve ser sempre usado sob controle médico.

Obesidade infantil


A obesidade é uma das patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento em seus números, não apenas nos países ricos, mas também nos países industrializados (Cabrera, 1994.)

Nos últimos anos, o interesse sobre os efeitos do ganho de peso excessivo na infância tem aumentado, devido ao fato de que o desenvolvimento da celularidade adiposa neste período , será determinante nos padrões de composição corporal de um indivíduo adulto (Dâmaso, 1994.)

Os períodos críticos de surgimento da obesidade progressiva são os 12 primeiros meses de vida, a fase pré-escolar e a puberdade. A obesidade progressiva se associa à obesidade hiperplásica, o que dificulta o controle de peso corporal na idade adulta (Guedes, 1998.)

Na infância, alguns fatores são determinantes para o estabelecimento da obesidade: desmame precoce e introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar conturbada (Fisberg, 1995).

Os principais riscos para a criança obesa são: a elevação dos triglicérides e do colesterol, alterações ortopédicas, pressóricas, dermatológicas e respiratórias, sendo que, na maioria das vezes, essas alterações são mais evidentes na vida adulta (Fonseca, 1998.)

Para o tratamento do obeso infantil, existem algumas normas gerais a serem seguidas: uma dieta balanceada que determine crescimento adequado e manutenção de peso; exercícios físicos controlados e apoio emocional individual e familiar. Além disso, a Educação Nutricional é essencial, pois visa a modificação e melhorias dos hábitos alimentares a longo prazo, e torna-se um elemento de conscientização e reformulação das distorções do comportamento alimentar, auxiliando a refletir sobre a saúde e qualidade de vida (Mantoanelli,et al,1997.)

A imposição de regimes rígidos ou pré-estabelecidos de forma generalizada, são contra indicados pela própria ineficiência comprovada, devido a dificuldade de aderência , ou por representar um fator gerador de maior angústia nesses pacientes, que tem a alimentação como forma de compensação emocional. (Vítolo,1993.)

Para o tratamento da obesidade infantil, faz-se necessário a presença de uma equipe multiprofissional, que consiste de médico, nutricionista, educador físico, e um outro profissional de extrema importância – o psicólogo, pois sabe-se que algumas causas da obesidade podem ser psicogenéticas, tais como: rejeição materna e falta de afeto, depressão e culpa, angústias circunstanciais, mães simbióticas e pais superprotetores, pais alcoólatras, criança imatura e problemas orgânicos, como os neurológicos (Andrade, 1995.)

Para melhores resultados nos tratamentos é importante a cooperação dos pais, que devem estar conscientes de que a obesidade é um risco e que gera problemas na vida adulta.

A escola também tem papel fundamental ao modelar as atitudes e comportamentos das crianças sobre Nutrição. Uma forma de realizar este trabalho é integrar a nutrição à sala de aula, incorporando conceitos de Nutrição às crianças (Schartzman & Teixeira,1998.)

Em função deste panorama, o objetivo do presente estudo é detectar a prevalência de obesidade em escolares de 06 a 10 anos, comparando dados de escolas públicas e particulares dos Municípios de Santo André e São Bernardo do Campo, São Paulo.

Materiais e métodos utilizados no estudo:

O estudo foi realizado com escolares de 06 a 10 anos de escolas públicas e particulares , dos Municípios de Santo André e São Bernardo do Campo, em São Paulo.

A amostra totalizou 943 crianças, sendo 494 de escolas públicas , onde 47,2% eram do sexo feminino e 52,8% do sexo masculino, e 449 crianças de escolas particulares, sendo 36,9% do sexo feminino e 63,1% do sexo masculino.

Para a avaliação do estado nutricional, foram coletadas medidas de peso e estatura. Para cada criança, foi entregue um questionário contendo dados sobre o perfil alimentar e sócio-econômico, que foram respondidos pelos pais. Os resultados foram tabulados manualmente, cruzando-se os dados das escolas públicas e particulares.

Resultados:

Constatou-se que a maior prevalência de obesidade nas escolas públicas é no sexo feminino (13,9%), e nas escolas particulares é no sexo masculino (20,5%). Com relação a obesidade total, verificou-se que a prevalência foi maior nas crianças de escolas particulares (16%) do que nas de escolas públicas (12,8%). Com relação aos hábitos alimentares, observou-se que estes se mostraram inadequados em ambas as escolas, pois há um baixo consumo diário de alimentos básicos (arroz, feijão, carnes, hortaliças, frutas) e um alto consumo de alimentos hipercalóricos e inadequados à essa faixa etária (salgadinhos, refrigerantes, chocolates, etc.). Verificou-se também que o fator sócio-econômico influencia diretamente na obtenção de determinados alimentos

Conclusão:

A obesidade infantil vem aumentando de maneira equívoca nos últimos anos. As duas razões consideradas mais importantes são: o maior consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, e o sedentarismo. A prevalência de obesidade encontrada nas escolas apresentou-se elevada, podendo ser considerada um Problema de Saúde Pública, uma vez que representa um valor 7 vezes maior do que o considerada normal para uma população sadia, que é de 2,3%. Estes fatos podem ser justificados pelos hábitos alimentares inadequados, perfil sócio-econômico diferenciado, tipos de refeições realizadas nas escolas e influência da mídia.