sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Obesidade entre jovens pode ser "contagiosa"



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(Reprodução)
A obesidade entre as crianças e jovens poder ser "contagiosa", segundo um estudo realizado pela Universidade do Havaí, nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que os jovens aderem aos maus hábitos dos amigos que estão acima do peso.
O estudo, publicado na revista científicaEconomics and Human Biology, analisou o comportamento de 5.000 adolescentes. Percebeu–se que os jovens se organizam socialmente de acordo com o peso, hábito que pode ser adquirido na infância. Ao longo do tempo, os pesquisadores notaram que quando um amigo engordava, o outro também ganhava peso.
Um exemplo: quando um jovem com 1,75 metro e 66 quilos - valores considerados saudáveis - tinha um amigo que engordava por volta de 3 quilos, o adolescente em forma ganhava ele próprio quase um quilo, em média. Ele continuará saudável, mas a longo prazo isso significa que ele pode se tornar obeso.
Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade do Reino Unido, explicou como as amizades podem influenciar no peso. "Se você vai jantar com um amigo que é obeso, é provável que você coma o mesmo tipo de comida que ele", disse. Fry afirma ainda que, mesmo a quilômetros de distância, os amigos têm mais poder de influência do que vizinhos, por exemplo. Os pesquisadores estão considerando também a influência inversa: "Talvez, as crianças saudáveis poderão levar bons hábitos aos amigos que são obesos", explicou.
Entretanto, os hábitos dos pais também podem ser decisivos na saúde dos filhos. "Se o pai é gordo e não gosta muito de se exercitar - não joga bola com o filho, por exemplo - é provável que a criança queira ficar sentado com ele no sofá", alertou Fry. Apesar de os amigos influenciarem diretamente na saúde dos jovens, especialistas explicaram que o sobrepeso não deve ser atribuído apenas a esse fator. Muitos jovens possuem uma alimentação que não é saudável e, na maioria das vezes, esses alimentos são consumidos dentro de casa e na companhia da família. 
...É uma fase de transição, de indecisão mas fundamental para o desenvolvimento do ser humano mais completo tanto físico como emocional. A adolescência.

Os benefícios da atividade física não se limita a idades específicas. Entretanto, o estar sempre de bem consigo desfrutando de uma melhor qualidade de vida e das coisas boas que a vida nos oferece é um dos bons álibis para que o adolescente não se torne um chato, cognominado de aborrecente.

Entre os benefícios físicos estão o estímulo ao desenvolvimento mais harmônico, possivelmente livre do fantasma da obesidade e todas as doenças associadas. Um adolescente fisicamente ativo com hábitos de vida saudável tem mais possibilidades de se tornar uma adulto igualmente ativo. Entre os psicológicos estão o melhor poder de controle das emoções, a facilidade de relacionamento com o grupo e saber quais são os seus limites e, o dos outros.

Além da socialização muitos adolescentes procuram a boa forma seguindo também o apelo estético da sociedade como um todo. Como eles andam sempre em grupo, cabe ao professor conquistar pelo menos um deles. Os outros vêm na onda.
A princípio não existe "uma" atividade específica para o jovem, uma vez que são raras as contra-indicações. Os adolescentes só não devem fazer atividades físicas se houver cardiopatias congênitas ou doenças graves. Nesses casos, a palavra do médico é a mais importante.

Da mesma forma não existe a mais indicada a cada sexo e sim a cada indivíduo de acordo com as preferências pessoais. O mundo está mais eclético.
Outro ponto a ser levado em consideração é pensar que as lutas sirvam para descarregar raiva ou rebeldia. A filosofia das lutas se prendem no respeito ao adversário e preservação da integridade física do seu semelhante uma vez que, "se machucar o adversário, amanhã não tem com quem treinar". No que tange ao aprendizado dessa filosofia, o jovem rebelde tem mais uma opção de aprendizado social.

As meninas, na grande maioria, segundo as pesquisas, a busca é pela estética procurando um corpo durinho, perfeito e sensual. Por isso, as atividades mais procuradas por elas ainda são respectivamente a ginástica localizada e as danças. Entre os meninos, a musculação visando hipertrofia ainda é a preferida, assim como as aulas que promovem o condicionamento e liberação de endorfina como por exemplo o spining.

"Idade não é documento" Esse adágio popular se aplica à questão da idade ideal para se começar. Não existe "uma" a partir da qual deve-se começar a fazer musculação. A adolescência pode ser a mais indicada em função do estímulo à maturação óssea e desenvolvimento da massa muscular estimulada pela liberação dos hormônios anabolizantes tais como a testosterona. De qualquer forma, a orientação deve ser feita por profissionais habilitados, atualizados e com absoluto bom senso. "Pegar pesado", como já comentamos, depende do potencial genético de cada um. A alegação de que as cartilagens e as cabeças dos ossos longos (epífises), possam sofrer lesão ocasionando a parada no crescimento, pelo menos por enquanto, não encontra respaldo em registros médicos e ou científicos suficientes para se afirmar isso. Quase sempre se referem e condenam a musculação. Entretanto, outras atividades talvez com mais impacto ainda, tais como o futebol, o vôlei, o basquete e os movimentos envolvendo saltos, o adolescente pratica sem problema nenhum. Sendo assim, a carga de treinamento deve ser de acordo com o desenvolvimento de cada um.

Outros mitos também envolvem a atividade física para o adolescente. Entre eles o de que certas atividades como por exemplo a Ginástica Olímpica, podem interferir no crescimento deixando-os baixinhos. É a Ginástica Olímpica que deixa indivíduo baixinho ou o baixinho que tem mais facilidade de dominar o corpo em função do pouco peso e centro de gravidade mais próximo ao solo? Mais uma vez vale a orientação certa para o indivíduo certo. O adolescente é o "maior barato" !!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE OBESIDADE NOS IDOSOS



INTRODUÇÃO
Envelhecer bem e atividade física são conceitos fortemente associados. Ao longo dos últimos 30 anos, em que as alterações nas possibilidades de envelhecer bem passaram do prenuncio à realidade, foi produzido considerável conhecimento cientifico sobre a relação entre atividade física e envelhecimento saudável. Esta evidente também a possibilidade de retardamento do declíneo normal associado ao envelhecimento, de um agravamento mais lento das doenças associadas à idade, de evitação de certas doenças de inicio tardio e de relativa possibilidade de recuperação de certas disfuncionalidades, uma vez instaladas. O bem-estar é uma abordagem consciente e deliberada para o estado avançado de saúde. Esse panorama conceitual de bem-estar assemelha-se ao de saúde, devendo abranger as perspectivas da vida humana: social, fisiológica, psicológica e espiritual.
ENVELHECIMENTO E ATIVIDADE FÍSICA
Investigar os efeitos da atividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o individuo ativo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.
Torna-se uma providência obrigatória, principalmente para os indivíduos mais idosos uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios. Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o individuo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos mais jovens.
A explicação para este fato é, na realidade, bastante lógica: nós sabemos que a inatividade física leva a uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma duvida o sistema que mais se ressente da inatividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso.
Por outro lado, a atividade física no idoso, desde que bem orientada, pode prevenir problemas do envelhecimento (osteoporose, hipertensão, obesidade).
A Atividade física esta associada à diminuição da adiposidade entre jovens e adultos de meia-idade, porém essa associação entre os idosos é pouco estudada. O fato de as pessoas portadoras de fatores de risco morrerem mais cedo impossibilita a determinação da relação atividade física / obesidade em idosos. Vários estudos epidemiológicos, realizados em diferentes países, mostram que a atividade física vigorosa está associada a uma mobilização preferencial da gordura abdominal mais do que da gordura periférica. (Bouchard e Deprés, 1989). Tais resultados sugerem uma influência favorável da atividade física sobre as doenças de risco associadas à obesidade da região superior do corpo entre a população de meia-idade.
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, portanto voluntária, que resulte num gasto energético, acima dos níveis de repouso. Inclui desde as AVD (atividades da vida diária) até as atividades esportivas e de lazer como dança, caminhadas, entre outros. Já a aptidão física pode ser definida como a capacidade que um indivíduo possui para realizar atividades físicas (Nahas, 2001, p. 33).
SAÚDE E MOTIVAÇÃO
A saúde é definida como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades". Esta definição é seqüencial à definição que surgiu no final de 1940, por ocasião da constituição da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao contrário, saúde se identifica com uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, onde à saúde representa um estado dinâmico de bem-estar positivo daqueles que possuem hábitos que promovem a saúde, diminuindo o risco de doença prematura e morte.
De acordo com Dawidoff (1989), "motivo ou motivação, refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante".
OBESIDADE
De acordo com os especialistas, a obesidade tem sido tratada como uma doença aguda (do tipo resfriado) quando deveria ser vista como uma condição crônica (como uma doença cardíaca ou diabetes). Como objetivo final de um programa de reeducação é a perda de peso e sua manutenção.
Pelo menos oito problemas importantes estão associados à obesidade:
  • Dificuldade Emocional;
  • Aumento de osteoartrite;
  • Aumento da incidência de hipertensão arterial;
  • Aumento dos níveis de colesterol e de outras gorduras do sangue;
  • Aumento do diabetes;
  • Aumento de doença cardíaca;
  • Aumento do câncer;
  • Aumento de morte prematura;
A maioria dos especialistas em obesidade acredita que três fatores são responsáveis:
  • Influências genéticas e dos pais;
  • Dietas ricas em calorias e gorduras;
  • Gasto energético insuficiente;
De acordo com a maioria dos especialistas em controle de peso, o tratamento da obesidade deve envolver três elementos:
  • Dieta: a ingestão calórica deve ser reduzida, preferivelmente por meio da redução do conteúdo de gordura da dieta e do aumento da ingestão de carboidratos e de fibras dietéticas (p.ex. grãos integrais, frutas e vegetais);
  • Exercícios: o gasto energético deve ser aumentado.
  • Modificação comportamental: varias técnicas devem ser empregadas, incluindo: Autocontrole, controle dos eventos que precedem a alimentação, desenvolvimento de técnicas para controlar o ato de comer, reforço por recompensas.
É importante ressaltar que, mesmo na ausência de aumento de peso corporal, há um aumento na quantidade de gordura corporal que acompanha o envelhecimento. Esse aumento implica uma significativa diminuição no número de fibras musculares de contração rápida. (Iwanaga et. al. 1990)
Mesmo idosos magros têm mais gordura corporal que jovens magros, a qual se localiza ao redor das vísceras, do fígado, do coração, do pâncreas, etc. (Jacob Fª, 1995).
Em mulheres, principalmente, com a inclusão diária de atividades físicas, a massa gordurosa se distribui de maneira mais homogênea, pelo gasto de energia dispensado, podendo interferir na auto-estima feminina melhorando a qualidade de vida. A atividade física tende a ser dependente de vontade, de desejos e, principalmente, de motivação contribuindo para a boa saúde mental e física (Azevedo,1998, p. 21).
De acordo com International Classification of Diseases (ICD), a obesidade é considerada uma patologia com evidências de fatores psicológicos.

O ORGANISMO E SUAS ALTERAÇÕES
O estudo das alterações orgânicas é de extrema importância para a compreensão do organismo físico e da diminuição das reservas funcionais que constituem o ponto de partida para qualquer fenômeno vital, observado em todos os sistemas e nos aparelhos ósseos, articular, muscular, nervoso, cardiovascular, pulmonar, endócrino e imunológico. Todavia, a velocidade e a extensão desse declíneo possuem variações entre diversos sistemas e funções.
A gordura corporal aumenta para 20% ou 40%, com uma distribuição mais centrípeta no processo do envelhecimento, "depositando-se principalmente no tecido subcutâneo do tronco, nos epiplons e ao redor de víceras como rins e coração". (Netto, 1996)
De acordo com o mesmo autor, há uma tendência de o idoso reduzir o peso após os 60 anos de idade, mantendo-se inalterado ou elevando-se pelo acúmulo de gordura. O decréscimo do peso, com o avançar da idade, pode estar associado com eficiência diminuída do sistema digestório, massa muscular decrescente e também pode ser influenciado por mudanças nos hábitos alimentares resultantes da perda de sensibilidade gustativa e olfativa e por problemas dentários.
Fatores de risco significativos incluem os que podem ou não ser modificados assim como importantes fatores de potencialização:

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA A SAÚDE
Para conseguir efeitos benéficos da atividade física é de extrema importância a participação regular e contínua nos devidos programas, podendo ser rapidamente revertidos pelo retorno à inatividade. Segundo Gobbi (1997), as evidências científicas do exercício na população idosa podem ser sumarizados da seguinte maneira: melhoria do bem-estar geral, melhoria da saúde geral física e psicológica, ajuda na preservação do viver independente, ajuda a controlar condições específicas (ex.: estresse, obesidade) e doenças (ex.: diabetes, hipercolesterolemia), reduz o risco de certas doenças não-comunicáveis (ex.: doença coronária cardíaca, hipertensão, diabetes), ajuda a minimizar as conseqüências de certas incapacidades e pode ajudar na administração de condições dolorosas, pode ajudar a modificar perspectivas estereotipadas da velhice.
FINALIDADES DA ATIVIDADE FÍSICA APLICADA A TERCEIRA IDADE
A atividade física para a terceira idade é importante, pois cria um clima descontraído, desmobiliza as articulações e aumenta o tônus muscular, proporcionando maior disposição para o dia a dia, buscando os seguintes objetivos: bem-estar físico, auto-confiança, sensação de auto-avaliação, segurança no dia a dia através do domínio do corpo, elasticidade, aumento da prontidão para a atividade, ampliação da mobilidade das grandes e pequenas articulações; fortalecimento da musculatura, pois os músculos têm uma capacidade de regeneração especial, a função dos aparelhos de sustentação e locomoção também dependem da musculatura; melhoria da respiração, principalmente nos aspectos da forte expiração; intensificação da circulação sanguínea, sobretudo nas extremidades; estimulação de todo sistema cardiocirculatório. melhoria da resistência. aumento da habilidade, da capacidade de coordenação e reação; além de ser um meio de cura contra a depressão, circunstâncias de medo, decepções, vazios anteriores, aborrecimento, tédio e solidão; obesidade.
QUALIDADE DE VIDA
O estudo da qualidade de vida em indivíduos idosos representa um desafio dos novos tempos, pois exige contemplação da experiência do envelhecimento visando a uma qualidade cotidiana, além das oportunidades oferecidas meramente pelo acaso. No sentido amplo, Silva (1999) destaca que a qualidade de vida "aplica-se ao indivíduo aparentemente saudável e diz respeito ao seu grau de satisfação com a vida nos múltiplos aspectos que a integram: moradia, transporte, alimentação, lazer, satisfação/realização profissional, vida sexual e amorosa, relacionamento com outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança financeira".
CONCLUSÃO
Através deste estudo pode-se perceber a importância da atividade física no decorrer de nossas vidas, não somente na vida enquanto jovem, mas dar continuidade a esta atividade na velhice. Cada vez mais, podemos avaliar que os idosos estão preocupados com a saúde, embora ainda tenham aqueles que ainda não se cuidam, mas a grande maioria tem a consciência que o corpo saudável traz uma vida mais longa e longe de problemas de saúde, principalmente com a obesidade, que através dela se acarretam tantas doenças.
Atividades leves e moderadas, passeios, viagens, cursos, todos são exemplos de atividade física que podem ser seguidas pelos idosos, sempre acompanhadas pelo profissional de educação física e pelo médico.