quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SAIBA COMO EVITAR

Obesidade

ada vez mais aumenta o número de pessoas acima do peso. Com isso, há um aumento também no risco de doenças relacionadas à obesidade.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com aobesidade nos países em desenvolvimento. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 40% da população está acima do peso. Aproveitando que dia 7 de Abril é o Dia Mundial da Saúde, Cyber Diet mostra quais são as doenças ligadas ao excesso de peso e como evitá-las.

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é o conjunto de três ou maisdoenças associadas ao excesso de peso ou obesidade. É mais freqüente em pessoas com excesso de gordura na região abdominal, a chamada gordura visceral. Este tipo de gordura está relacionado com a incidência maior de doenças. 

As doenças ligadas à síndrome metabólica são hipertensão arterial, resistência à insulina, colesterol elevado, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim), triglicérides elevado e intolerância à glicose. 

O tratamento para a síndrome metabólica é baseado em eliminação de peso, prática de atividade física, e em certos casos é necessário o uso de medicamentos. 

Hipertensão Arterial 

A hipertensão arterial ocorre quando há um aumento da pressão, podendo ocasionar vários problemas cardiovasculares. O risco de desenvolver a hipertensão em pessoas acima do peso é muito maior do que em pessoas com peso adequado. Porém, existem outros fatores que contribuem para que esta doença se desenvolva: excesso no consumo de sódio, de álcool e sedentarismo. 

O tratamento da hipertensão deve basear-se numa alimentação balanceada nutricionalmente, contendo todos os nutrientes, prática de atividade física e evitar o consumo de álcool, sal e sódio em excesso. 

Resistência à Insulina 

A resistência à insulina ou hiperinsulinemia é uma doença onde há um aumento na produção de insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, para tentar manter os níveis de glicose sangüínea normais. Assim, os níveis de glicemia estão freqüentemente normais, mas a insulina está elevada. 

Este é um fator de risco para o diabetes tipo 2 e resulta em algumas alterações como diminuição do HDL-colesterol e aumento do triglicérides. 

Diabetes 

No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas (10% da população) estão diabéticas. O diabetes é caracterizado pelo aumento de glicose no sangue por deficiência de insulina ou por resistência à insulina. Existem 2 tipos: tipo I (insulino-dependente), geralmente adquirida por fatores genéticos e tipo II (não insulino-dependente), comumente causada pela obesidade e outros fatores ambientais. Podemos citar alguns fatores de risco, como histórico familiar de diabetes, sedentarismo, obesidade, doenças coronarianas e outros. 

O diabetes é diagnosticado através do exame de sangue. A faixa de normalidade da glicemia é de 70 a 110mg/dl e o tratamento deve ser baseado em alimentação específica, juntamente com prática de atividade física e alguns casos o uso de medicamentos prescritos pelo médico, como hipoglicemiantes orais ou insulina. 

A prevenção do diabetes tipo II pode ser feira através da manutenção do peso ideal, prática de atividade física, não fumar, controlar a pressão arterial e evitar medicamentos que possam agredir o pâncreas, como cortisona e diuréticos. 

Colesterol elevado 

O colesterol total é composto pelas frações: HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim) e triglicérides. Ele também é diagnosticado através do exame de sangue, sendo normal até 200mg/dl. 

Os níveis aumentados de colesterol total, LDL-colesterol (>200 mg/dl) e triglicérides (>150mg/dl) podem acarretar em entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. Como prevenção deve-se evitar gordura saturada, presente em produtos de origem animal, como manteigas, leite integral e derivados, carnes gordas, pele de frango, frituras em geral etc. 

As fibras da alimentação e a prática de atividade física também contribuem para a normalização dos índices de colesterol. 

Para prevenir doenças e ter uma vida saudável basta ter uma alimentação adequada e praticar atividade física, reduzindo assim o excesso de peso. Por isso, comece já a se reeducar! 

domingo, 8 de agosto de 2010

OBESIDADE FEMININA E OBESIDADE MASCULINA


Obesidade "a pera" e obesidade "a maçã"


Quanto a relação entre obesidade e risco arteriosclerótico é necessário evidenciar que existem dois tipos de obesidade:

Obesidade de tipo feminino, chamada também ginoide ou "a pera", caracterizada pela predominante deposição de gordura a nível dos quadris e dos seios.
Obesidade de tipo masculino, chamada também de androide ou "a maçã" caso em que a gordura se acumula sobretudo a nível do rosto, da barriga e do tronco.

E é exatamente este último tipo de obesidade que deve ser o mais temido do ponto de vista de risco cardiovascular.


Obesidade masculina e complicações


A obesidade masculina com freqüência se encontra associada a diabetes, hipertensão, doenças do coração e dos vasos sangüíneos. A obesidade masculina mantém com freqüência uma redução da sensibilidade a ação da insulina, um homônio que mantém a glicemia normal transformando o excesso de glucose circulante em gordura acumulada.

Em casos de obesidade particularmente graves podem também manifestar-se problemas de apnéia no sono, quando o doente, dormindo, inconscientemente pára de respirar por alguns segundos, ou então sonolência durante o dia, e graves alterações do rítimo cardíaco.

OBESIDADE CAUSAS


Causas da obesidade


A estabilidade do peso corpóreo nos indivíduos normais é garantida pelo equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas com a dieta e a quantidade de calorias queimadas pelo organismo. Quando essa combinação se desequilibra e a quantidade de calorias ingeridas supera as calorias eliminadas, as calorias em excesso ficam acumuladas no tecido adiposo sob forma de gordura. Se a situação persiste no tempo, pode-se desenvolver a obesidade.


Condições patológicas da obesidade 


Entre os condições patológicas mais freqüentes da obesidade se encontra a diabetes ou uma alteração do nível de gordura no sangue. Com freqüência se verifica um aumento dos triglicerídeos, colesterol total e sobretudo do colesterol LDL.

Outro problema patológico da obesidade é a hipertensão. Foi possível demonstrar que, quando uma pessoa obesa emagrece, ocorre também uma baixa da pressão. Dado a sua relação com a diabetes, a hipertensão e a hiperlipidemia, todos os problemas que - assim como a obesidade - representam fatores de risco para a artereosclerose, se compreende por que ser gordo significa também estar exposto a um maior risco de doença coronária e ictus cerebral. Além disso, a obesidade induz a eczema e furunculose, favorece o desenvolvimento de efizema, pé chato, hérnia e osteoartrose, aumenta a incidência de cálculos biliar, provoca dispnea do esforço, intolerância ao calor e transpiração excessiva.

OBESIDADE E CIRURGIA


Obesidade e técnicas cirúrgicas


Todas as alterações que acompanham a obesidade melhoram com o emagrecimento. A dieta representa seguramente um momento fundamental do tratamento da obesidade. Para os muito obeso é possível também recorrer a algumas técnicas cirúrgicas, recordando que deve ser sempre o médico a escolher a mais adapta para o paciente.


Obesidade e o balãozinho intragástrico


O balãozinho intragástrico em silicone (Bib), é introduzido por via endoscópica no estômago, cheio de uma solução fisiológica e metilene azul para evidenciar eventuais perdas através das fezes e urina. O Bib, que pode permanecer no estômago seis meses, permite aos pacientes de seguir dietas hipocalóricas sem sentir o estímulo da fome. Em seguida o Bib, contraindicado para quem sofre de úlcera, esofagite, hérnia volumosa e bulimia, é removido, sempre por via endoscópica e, se a perda de peso é insuficiente, se pode colocar um outro. 


Obesidade e a bandagem gástrica


Uma outra técnica cirúrgica muito utilizada é a bandagem gástrica regulável, realizada por via laparoscópica. Com esta última técnica, reversível, o cirurgião introduz os instrumentos através de pequenos furos e controla no monitor os movimentos para dispor em torno da parte alta do estômago uma espécie de cinto (a bendagem). O estômago adquire assim a forma de uma espécie de clepsidra onde a parte superior, muito menor que a inferior, é um recipiente que funciona como preestômago. Quando este saco se enche determina a saciedade, uma vez que, o bolo alimentar deflui lentamente devido a restrição da bendagem. A digestão e a absorção dos  nutrientes no intestino acontecem fisiologicamente e não são subvertidos como nos by-pass intestinais. A restrição  pode também ser ajustada, como se faz com um cinto, com uma injeção subcutânea de água destilada. 


Obesidade e homeopatia


A homeopatia também contra a obesidade, se associada a um regime dietético, pode resultar muito eficaz. Entre os produtos homeopáticos lembramos Ammonium Carbonicum, para quem gosta muito de doces e sofre de disgestão; Phytolacca Decandra, se a obesidade é acompanhada de reumatismos e distúrbios respiratórios;Calcarea Carbonica, em pacientes apreensivos; Baronia para homens de negócios irritáveis e que sofrem de halitose; Staphysagria, para mulheres deprimidas depois de uma profunda desilusão.

TRATAMENTOS PARA A OBESIDADE


Obesidade e emagrecimento


Todas as alterações que acompanham a obesidade melhoram com o emagrecimento. A dieta representa seguramente um momento fundamental para o tratamento da obesidade. Ela deve fornecer uma quantidade de calorias inferior aquela eliminada por uma determinada pessoa. Em particular pode-se dizer que, segundo cada caso, é possível recorrer a uma contribuição diária compreendida entre 800 e 1500 calorias. Deve ser diminuida a quantidade de gordura, sobretudo as animais, açúcares e álcool. 


Obesidade e medicamentos


Existem também medicamentos que são em grau de reduzir a sensação de apetite. Todavia, esses remédios deveriam ser reservados a casos em que a obesidade não responde mais ao tratamento baseado na combinação da dieta com a atividade física ou quando for necessário um emagrecimento rápido por motivo dos riscos que a obesidade expõe em pesença de doenças associadas.

O medicamento tem a sua racional utilização nos pacientes obesos com índice de massa corpórea superior a 30 ou com sobrepeso com índice superior a 28 e com a presença de fatores de risco que deve ser sempre combinado a uma dieta hipocalórica com baixa quantidade de gordura. Este medicamento não representa certamente a panacéia para todos os males, mas uma ajuda em certos casos particulares que de qualquer modo deve ser sempre usado sob controle médico.

Obesidade infantil


A obesidade é uma das patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento em seus números, não apenas nos países ricos, mas também nos países industrializados (Cabrera, 1994.)

Nos últimos anos, o interesse sobre os efeitos do ganho de peso excessivo na infância tem aumentado, devido ao fato de que o desenvolvimento da celularidade adiposa neste período , será determinante nos padrões de composição corporal de um indivíduo adulto (Dâmaso, 1994.)

Os períodos críticos de surgimento da obesidade progressiva são os 12 primeiros meses de vida, a fase pré-escolar e a puberdade. A obesidade progressiva se associa à obesidade hiperplásica, o que dificulta o controle de peso corporal na idade adulta (Guedes, 1998.)

Na infância, alguns fatores são determinantes para o estabelecimento da obesidade: desmame precoce e introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar conturbada (Fisberg, 1995).

Os principais riscos para a criança obesa são: a elevação dos triglicérides e do colesterol, alterações ortopédicas, pressóricas, dermatológicas e respiratórias, sendo que, na maioria das vezes, essas alterações são mais evidentes na vida adulta (Fonseca, 1998.)

Para o tratamento do obeso infantil, existem algumas normas gerais a serem seguidas: uma dieta balanceada que determine crescimento adequado e manutenção de peso; exercícios físicos controlados e apoio emocional individual e familiar. Além disso, a Educação Nutricional é essencial, pois visa a modificação e melhorias dos hábitos alimentares a longo prazo, e torna-se um elemento de conscientização e reformulação das distorções do comportamento alimentar, auxiliando a refletir sobre a saúde e qualidade de vida (Mantoanelli,et al,1997.)

A imposição de regimes rígidos ou pré-estabelecidos de forma generalizada, são contra indicados pela própria ineficiência comprovada, devido a dificuldade de aderência , ou por representar um fator gerador de maior angústia nesses pacientes, que tem a alimentação como forma de compensação emocional. (Vítolo,1993.)

Para o tratamento da obesidade infantil, faz-se necessário a presença de uma equipe multiprofissional, que consiste de médico, nutricionista, educador físico, e um outro profissional de extrema importância – o psicólogo, pois sabe-se que algumas causas da obesidade podem ser psicogenéticas, tais como: rejeição materna e falta de afeto, depressão e culpa, angústias circunstanciais, mães simbióticas e pais superprotetores, pais alcoólatras, criança imatura e problemas orgânicos, como os neurológicos (Andrade, 1995.)

Para melhores resultados nos tratamentos é importante a cooperação dos pais, que devem estar conscientes de que a obesidade é um risco e que gera problemas na vida adulta.

A escola também tem papel fundamental ao modelar as atitudes e comportamentos das crianças sobre Nutrição. Uma forma de realizar este trabalho é integrar a nutrição à sala de aula, incorporando conceitos de Nutrição às crianças (Schartzman & Teixeira,1998.)

Em função deste panorama, o objetivo do presente estudo é detectar a prevalência de obesidade em escolares de 06 a 10 anos, comparando dados de escolas públicas e particulares dos Municípios de Santo André e São Bernardo do Campo, São Paulo.

Materiais e métodos utilizados no estudo:

O estudo foi realizado com escolares de 06 a 10 anos de escolas públicas e particulares , dos Municípios de Santo André e São Bernardo do Campo, em São Paulo.

A amostra totalizou 943 crianças, sendo 494 de escolas públicas , onde 47,2% eram do sexo feminino e 52,8% do sexo masculino, e 449 crianças de escolas particulares, sendo 36,9% do sexo feminino e 63,1% do sexo masculino.

Para a avaliação do estado nutricional, foram coletadas medidas de peso e estatura. Para cada criança, foi entregue um questionário contendo dados sobre o perfil alimentar e sócio-econômico, que foram respondidos pelos pais. Os resultados foram tabulados manualmente, cruzando-se os dados das escolas públicas e particulares.

Resultados:

Constatou-se que a maior prevalência de obesidade nas escolas públicas é no sexo feminino (13,9%), e nas escolas particulares é no sexo masculino (20,5%). Com relação a obesidade total, verificou-se que a prevalência foi maior nas crianças de escolas particulares (16%) do que nas de escolas públicas (12,8%). Com relação aos hábitos alimentares, observou-se que estes se mostraram inadequados em ambas as escolas, pois há um baixo consumo diário de alimentos básicos (arroz, feijão, carnes, hortaliças, frutas) e um alto consumo de alimentos hipercalóricos e inadequados à essa faixa etária (salgadinhos, refrigerantes, chocolates, etc.). Verificou-se também que o fator sócio-econômico influencia diretamente na obtenção de determinados alimentos

Conclusão:

A obesidade infantil vem aumentando de maneira equívoca nos últimos anos. As duas razões consideradas mais importantes são: o maior consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, e o sedentarismo. A prevalência de obesidade encontrada nas escolas apresentou-se elevada, podendo ser considerada um Problema de Saúde Pública, uma vez que representa um valor 7 vezes maior do que o considerada normal para uma população sadia, que é de 2,3%. Estes fatos podem ser justificados pelos hábitos alimentares inadequados, perfil sócio-econômico diferenciado, tipos de refeições realizadas nas escolas e influência da mídia.